CÓDIGOS DO OUTONO

Sal, açúcar... Pigarros

verbos transtornados

ocasos de mau gosto, refinados

Erguem-se à beira do abismo

alvos mortais, aforismos

das velhas almas, úmidas canduras

a derrama pôs ávidas doçuras

Sem sentidos, sem todos os mastros

entre os parênteses... seus atos

emproam-lhe a luz, ateus imediatos

Um olho ri e outro no pátio

o teatro... a comida sem pastos

entre os cães feridos, amordaçados

uma sala de luxo, um cinema, um hiato!

Códigos do outono

erhi Araújo

erhi Araújo
Enviado por erhi Araújo em 14/06/2016
Código do texto: T5667432
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