Se foi justiça... não sei...
Choro!
Porque nunca fui poesia...
Apenas sonoplastia da crueldade a que se confere a ânsia...
No surto de um eufemismo
Que fere!
E há de tirar-me até o juizo
Naquela sombra de vastidão e mendicância.
E assim me fazer EU: mundo desabado e coração arrancado;
Que pulsa, não sangue, mas a esperança de uma nobre reconstituição do homem.
Dói carne, víceras, dói alma;
A alma que morre e boceja sangue,
Vomita corpo e é consumido,sem a mínima chance, na boca dos carnívoros.
Oh mundo cruel!
Abocanhou-me todos os sentidos
E nesse mesmo mundo... no qual fui bandido...
Corri, sofri, paguei
Por crimes não cometidos;
Demonstrados no sofrimento que cantei.