Regência

Tudo o que envia

De mim se apropria

Duplica e replica

Em ventos e reinventos.

Do grafite e sulfite

Que coloro sem decoro

Ao olhar que adentra

Em verso que arrebenta

Nas ondas de ar e de mar.

Dos quadros aos quartos

Das molduras às loucuras

Da criança em cena

À saudade que acena

De sinal em sinal.

Do passo a passo

Entre paços e espaços

De cidades inteiras

Venezas mineiras

Todas à margem dos girassóis.

Dos sims e afins

Tímidos e tejos

Nunca talvez sempre desejos

De mãos que se fundem

Aos olhos que ungem

Todos sob a regência

Da música de câmara.

...

Imperial.