Ledos enganos
Ao crermos que temos controle dos rumos inglórios
De nossas vidas, de nossos insondáveis destinos,
Não atentamos que o tempo nos escorre pelas mãos,
Nos escapa por entre os dedos em grânulos finos,
Mostrando-nos que, afinal, na vida tudo é transitório.
Somos meros títeres em mãos de inábil titereteiro,
Conduzidos de um lado para outro, a sua vontade,
Sem termos o direito de nos rebelarmos, senão
Estaremos sujeitos a sermos desprovidos da felicidade
Que tanto buscamos, sem divisá-la por inteiro...
Somos como que sobreviventes após o naufrágio
Do grande Titanic em que se tornou a humanidade,
Lutando, a todo custo, para nos mantermos à tona,
Indiferentes a quem ao lado sucumbe, por vaidade
De querermos ser mais do que somos, cobrando ágio.
Neste tempo de secreta angústia, sentimento do nada
Em que nos tornamos, cometemos os ledos enganos
De tentarmos ser o que não somos, como caronas
Da vida que segue adiante, de acordo com seus planos,
Vivendo meio à multidão, sabendo-a perdida e isolada.
Ao crermos que temos controle dos rumos inglórios
De nossas vidas, de nossos insondáveis destinos,
Não atentamos que o tempo nos escorre pelas mãos,
Nos escapa por entre os dedos em grânulos finos,
Mostrando-nos que, afinal, na vida tudo é transitório.
Somos meros títeres em mãos de inábil titereteiro,
Conduzidos de um lado para outro, a sua vontade,
Sem termos o direito de nos rebelarmos, senão
Estaremos sujeitos a sermos desprovidos da felicidade
Que tanto buscamos, sem divisá-la por inteiro...
Somos como que sobreviventes após o naufrágio
Do grande Titanic em que se tornou a humanidade,
Lutando, a todo custo, para nos mantermos à tona,
Indiferentes a quem ao lado sucumbe, por vaidade
De querermos ser mais do que somos, cobrando ágio.
Neste tempo de secreta angústia, sentimento do nada
Em que nos tornamos, cometemos os ledos enganos
De tentarmos ser o que não somos, como caronas
Da vida que segue adiante, de acordo com seus planos,
Vivendo meio à multidão, sabendo-a perdida e isolada.