Confusão

Eu destruí algumas barreiras que planejava manter

Aceitei repensar certos assuntos

Em vez de continuar com as velhas certezas

Eu tentei me convencer a enxergar as coisas com outros olhos

Eu abracei essa confusão em minha mente

Essa confusão que me tortura

Que arranca meu chão, mas não me permite voar

Que me dá esperanças, pela falta de certezas

Que rouba meu foco, pois não sabe em que focar

Eu abracei a confusão, pois todo o resto já estava ganho

As teses já haviam sido escritas e reanalisadas infinitas vezes

Mas sempre de um modo um tanto tendencioso

Que, dessa vez, tentei eliminar

A confusão roubou minha mente

E tentou brincar com meu coração

Mas algumas portas já estavam emperradas

E não bastava a chave para destrancar

Eu tentei acreditar

Mas no fundo nunca duvidei de minhas certezas

As conclusões de minhas teses nunca foram as mais felizes

E a confusão me emprestou uma felicidade

Que eu sempre soube que não podia durar

Mas gosto da confusão

Gosto dessa esperança, ainda que efêmera

É quase divertido ver-me tentar acreditar

Mas acho que o que mais me impede de largar tudo isso

É saber que, se eu fechar as portas,

Dificilmente conseguirei destrancar

Dancker
Enviado por Dancker em 13/06/2016
Código do texto: T5666221
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