Interpretando

Não preciso elucidar códigos...

Estão gravados em minha alma até o juízo final

Tatuados em meu corpo que se adianta aonde quer que eu vá

Resguardarei o codinome...

Não como lembrança viva de que é meu fato irremediável

Mas por ser a música numa dança de dois condenados

Como esconder de mim aquele ser tão denso de amores?

Aquilo que nada destrói mas me vigia em dilatado amor?

Um perfume único deixa o rastro para meu leito

O sabor que ambos reconhecemos na necessidade um do outro

Se um não expira o outro pode não inspirar

Estamos atados em nós irremediavelmente

Mesmo que sejamos de outras eras e esferas

Aqui dentro de mim o encontro, e nele me acho

Fomos forjados em fogo, um para que houvesse o outro

Somos marcas de uma sina antiga da qual ambos partilhamos

Como sentinela e presa, como senhor e propriedade

Nos aceitamos um para o outro, serenados para sermos apenas nós