MEU BARBEIRO
Sempre me recebe bem;
Me deixa à vontade.
Embora eu seja ninguém
Me trata como majestade.
Quando sento na cadeira,
Com garbo e habilidade
Corta minha cabeleira
Em alta velocidade!
Com gana, com afinco,
Trabalha com prazer!
Minha rica nota de cinco
Então merece receber.
Pratica com maestria
A arte do bem-viver.
Dono duma simpatia
Que até dá gosto de ver!
Nem que doa a panturrilha
No serviço não embaça.
Nem o “Barbeiro de Sevilha”
Possuía tanta raça!
Ele mora no meu peito.
De campeão merece a taça.
Falta, para ser perfeito,
Meu cabelo cortar de graça!
Vadevino Antonio Rodrigues
Autor do livro “Versos & Poesias”
e-mail: vadero@oromail.net