o corpo presente

o silêncio despudorado

inunda a pedra noturna,

um vapor gélido das profundezas

sobe à materia escura,

descer, ou esperar, dois

caminhos que os marinheiros

navegam, se a juventude

fosse eterna e as forças das

pernas não entediasse com

os sulcos dos terrenos, o vapor

dessa estrada tomaria novo

fôlego, mas, quem disse que

a lógica rege essas marquises,

o torpor do abismo não compreende

a carne civilizada, o marco estabelecido

não suporta o turbilhão desse presente,

é necessário alargar os rios, criar outras

margens, tão grande como aquelas dos mares

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 12/06/2016
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