Liberdade

Seu corpo curvado.

Costas marcadas,

Marcas do ódio...

Das mãos brancas a segurar o chicote, que desferindo açoites corta a carne do pobre infeliz.

Mancha a terra as gotas de sangue, e do fundo da alma do homem que sonha em ser livre brilha a chama da esperança.

Foi criança tirada da mãe, do seio da pátria. Foi traído, humilhado, em um navio jogado.

Viveu o rancor do senhor... Viu seus irmãos partirem, e outros chegarem, para a mesma sorte amarga viver,

Só de dor o negro lembra sua vida na fazenda, do trabalho forçado para o branco enriquecer.

Só chora ao cair da noite... É quando as lembranças do cheiro da terra, da liberdade tirada acendem no coração.

Cativo da ignorância,

Escravo da maldade,

A luz da alvorada não tarda, ao homem que livre nasceu.

Insabraldi
Enviado por Insabraldi em 10/06/2016
Código do texto: T5663634
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