No escuro
No escuro vejo a vida diferente
Pela luz do olhar que amplia
As cores nos raios da vida
Que surgem e abraçam os atos
Jogo fora as lembranças passadas
Esqueço as cores que ainda não vi
Pelo tempo que pouco me importa
Não coube em mim a certeza
Sempre sinto na verdade nada
Num formato de um vento extinto
Que define uma sombra solta e inquieta
Onde submerge na cicatriz o eco
O escuro flutua no silêncio
Grifado nas cores da vida que surge
Numa extraordinária sensação
Vejo a presença distante das estrelas
O tempo traz das nuvens que choram
Fios de prata para regar meu escuro
E na excelente sensação de alívio
Sinto como brilha a vida no escuro
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