DONA DA RUA
Eram lentos os passos incertos
Atravessando a faixa da rua
O corpo frágil, mas ainda ereto
Parava o trânsito da frenética rua
E eu ali, parado, só fiquei olhando
A elegância da dama de preto
Esquecida que tudo parava
Ainda segurava um cigarro aceso
Alguns motoristas já xingavam alto
Aborrecidos e em desassossego
Mas a dama de preto nem se quer olhava
Em contido passo alcançou o passeio
E seguiu altiva pouco se importando
Com o burburinho que ficou na rua
Entre vários gritos alguém reclamava:
Esta velha dama é a dona da rua?
E ela impassível, serena e calma
Quase em extase de reflxão
Por certo dizia - oh! Pobres mortais
O que será de vossos corações.
Eram lentos os passos incertos
Atravessando a faixa da rua
O corpo frágil, mas ainda ereto
Parava o trânsito da frenética rua
E eu ali, parado, só fiquei olhando
A elegância da dama de preto
Esquecida que tudo parava
Ainda segurava um cigarro aceso
Alguns motoristas já xingavam alto
Aborrecidos e em desassossego
Mas a dama de preto nem se quer olhava
Em contido passo alcançou o passeio
E seguiu altiva pouco se importando
Com o burburinho que ficou na rua
Entre vários gritos alguém reclamava:
Esta velha dama é a dona da rua?
E ela impassível, serena e calma
Quase em extase de reflxão
Por certo dizia - oh! Pobres mortais
O que será de vossos corações.