Todo eu em ruínas

Todo eu em ruínas,

Sim, vagas e vagas de replicas,

Alma desfeita,

Não ficou um sentido,

Uma vontade,

Que não caísse por terra...

Não ficou pedra sobre pedra...

Sofrimento atroz que de devora,

Que me consome...

Não há vontade de erguer

Levantar, mover...

Nada de nada...

Raiva...

A fúria...

Que me faz estar...

Apenas estar,

Sem movimento

Pele dilacerada

Carne que se desprega dos ossos

Não, não me moverei...

As ideias rodopiam

Já fora de mim...

Onde, onde caí

Sim, ficarei aqui

Para onde havia de ir...

Se ninguém me procura...

Sirio de Andrade
Enviado por Sirio de Andrade em 10/06/2016
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