Expirando

Não devo esperar
que a água derrame
que o olhar seja exame
que o verbo vire vexame.

Posso abraçar o vento
cerrar os olhos, as ventas
tornar as marchas lentas
serrar ao cabo as baionetas.

Posso silenciar as cornetas
decepando lutas e pernas
desligando as lanternas
que iluminam meu rosto.


 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 08/06/2016
Reeditado em 14/06/2016
Código do texto: T5661489
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