...EM SIGILO (?)...
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"Dispenso, por não querer,
não retenho a forma fria e neutra das letras,
só aceito delas extraído, sugado (sumo) o profundo sentir...
qual livro aberto, lido e relido"...
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Mas, dou-me o direito
Em deixar algumas páginas
Dentro do EU lacradas...
Noutras vezes
Sem qualquer razão
Absorvida pela ilusão
Deixo-me arrebatar,
Em ser; história contada
Enredo desvelado
Surpresas à vista!
Temporal ou chuva fina
Me permito ser impulsiva
Suave ou tempestiva
Cores, arco-íris céu em nuances
Revelo-me por pouco tempo
Ao amigo vento...
Nas asas do sonho
Que cavalga junto
Com brisa amiga
Quem sabe sussurre para ti
E revele mais de Mim...
Terás a chave (?)
Das encantadas páginas...
Se... Fores tu
Que as fará abrir
Então como premio
.....Terás um jardim!...
-SP - Ly -
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“Não me convidem a ser igual por que
sinceramente sou diferente”.
- Clarice Lispector -
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Gratíssima por estes pensamentos poéticos em Interações peroladas.
** roselves Alves **
Bela essência na sua sensibilidade ímpar.
Um horizonte tens em seu mistério e em sua revelação.
Em liberdade e sonho abres pensamentos como flores .
E sentimento como luz de estrelas que não podem se apagar.
Em tal clarão da alma quem pode se aproximar se não o real amor.
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** Walter de Arruda **
A chave
Temos o "Jardim Secreto"....
Para abri-lo vou adquirir matéria
Sou mestre dos altos fornos
Junto, no cadinho de meu coração
O teu sorriso lindo
Com o brilho dos teus olhares
E, misturo aos encantos dos teus versos cheios
A mil graus eis a combustão
Retiro do molde a chave antiga
Doirada cheia de arabescos
E, nessa magia suave aguardo tua decisão...
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** Alkas **
Sendo o poeta um fingidor,
todas coisas inventa...
nem sempre um grande amor foi verdade,
bem mentira que arrebenta...
permite=se sim voar
mesmo com os pés atados
mesmo com pés de chumbo
o poeta é ser alado...
todos os voos alça
todas estradas caminha
todos os mares navega e nunca
perde o fio de sua meada...
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** Roberta Lessaa **
DAS LIBERTINAGENS DO POETA
(Série Diálogos Poéticos) ROBERTA LESSA:
Adoravelmente o poeta desapega da vertente e segue esperto./Beneficamente o poeta desarticula de incidente e segue absorto. /Carinhosamente o poeta desaparece irreverente e segue esperto./Deliciosamente o poeta desconhece dissidente e segue deserto./Fantasiosamente o poeta desiste indolente e segue aberto./Graciosamente o poeta desaconselha a gente e segue inserto./Harmoniosamente o poeta desalinha da corrente e segue liberto./Ignobilmente o poeta desconecta literalmente e segue torto./Jovialmente o poeta desembaraça resiliente e segue encoberto./Literariamente o poeta desiste inconsequente e segue curto./Maliciosamente o poeta desembaraça contundente e segue alerto./Naturalmente o poeta desonra impertinente e segue morto./Oportunamente o poeta descende vertente e segue hirto./Pacientemente o poeta desaprende leniente e segue perto./Ricamente o poeta desinteressa ciente e segue aporto./Sigilosamente o poeta desilude descendente e segue reaberto./Talentosamente o poeta desanca comodamente e segue curto./Universalmente o poeta desenvolve carente e segue farto./Vistosamente o poeta desumaniza servilmente e segue asserto./Xadrezisticamente o poeta desobstrui civilizadamente e segue aperto./zelosamente o poeta desanda cordialmente e segue boquiaberto.
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