PÁSSARO FERIDO
Sou um
pássaro ferido
que invade
o infinito
em um voar
sem direção.
Sou um
pássaro aflito,
que se cala
em seu grito,
que cansou
da solidão.
Voo ao encontro
da liberdade,
nas asas não
levo saudade
do tempo
da escravidão.
Quero cantar
no espaço,
bailar no
compasso,
repousar
no cansaço
das batidas
de meu coração.
Sou um
pássaro ferido
que outrora
adormecido,
hoje agradecido,
voo sem direção.
SONIA BRUM