PERDIDO
PERDIDO
Entre achados e perdidos
Não se acha
Acha-se, sumo
Não o espremido
Mas o que espreme
É feito de esperma
De gozo que pensa infinito
Mas é finito
Não é estrela
É meteorito
Que ficará em pedaços
Infinitamente pequenos
Até virar poeira cósmica
Sem porto sem destino
Em sua insignificante empáfia
Do sapiens que não é
Inebriado e cego por poder
Bêbedo de parvidade
Vagará pelo inferno da inexistência
Pensando ser verbo, em verdade
Sem verdade