PERDIDO

PERDIDO

Entre achados e perdidos

Não se acha

Acha-se, sumo

Não o espremido

Mas o que espreme

É feito de esperma

De gozo que pensa infinito

Mas é finito

Não é estrela

É meteorito

Que ficará em pedaços

Infinitamente pequenos

Até virar poeira cósmica

Sem porto sem destino

Em sua insignificante empáfia

Do sapiens que não é

Inebriado e cego por poder

Bêbedo de parvidade

Vagará pelo inferno da inexistência

Pensando ser verbo, em verdade

Sem verdade

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 07/06/2016
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