PARNASSUS

Silêncio da noite, prostrado na cama,

vislumbro no teto contornos da dama

bonita que nos meus sonhos vagueia.

Arfante de amor, seios nus, passeia

sobre as sombras, limiar do crepúsculo,

inebriantes olhos fixos me olham. Ávidos

de desejo, estremecem meus músculos,

ante marmóreo colo de bicos impávidos,

mudam o ambiente ignóbil, em alomorfia,

aromas saídos do jorrar do meu sangue,

visões de insidiosa serpente, em alquimia,

atida no deleite do meu corpo exangue.

Férvidos raios avisam a chegada da aurora.

Embevecida, anseias pelo amor que extasia.

Aquieta-te agora, desvanecida senhora,

saciados, apearemos desse monte. É dia.

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 06/06/2016
Reeditado em 09/06/2016
Código do texto: T5659264
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