TARDE DEMAIS! (130)
Confiei na vida que me prometeu a sorte,
Guiei meus passos evitando a morte,
Cuidei das palavras não dei aparte,
Não fiz gestos, permaneci inerte...
Pediram-me beijos não os dei com medo,
Para abraços achei ser cedo,
Os gestos de amor pararam no caminho,
Conversas sem respostas, secas, sem carinho...
O tempo mentiu, ao falar que não passaria,
A saudade riu ao dizer que nunca viria,
Eu não sabia que solidão doía,
Nem que a vida, rapidamente me cobraria...
Que nada é para sempre, apreendi sofrendo,
Reviver o que perdi, é impossível, estou sabendo,
Vida me perdoa, te imploro... Por favor!
Dê-me um novo coração... E saberei o que é amor...