EXORTAÇÃO

Sempre reconheço aquele que tomba

Nos pedregulhos das estradas.

As criaturas apanham, mas há teimosia,

Por isso são vencedoras das derrotas.

Comparo-as comigo mesmo:

Céticas, desequilibradas, tinhosas,

Mal-vestidas e cheirando à lama...

Interpelam-se a si mesmas:

Por que há lodo em minha face?

Por que me abandono à solidão?

Ora, são pessoas de mentes pequenas,

Não conseguem pensar mais alto,

Sempre se acham doidivanas e insepultas,

Estão sempre na contramão do destino ignorado!

Consideram-se estorvos sociais. Ignorância!

Não necessitam de ser nobres para serem gente,

Não necessitam de etiquetas para se alimentarem,

Não necessitam de água morna para o banho quente,

Não necessitam de mãos para se levantarem...

Precisam, sim, de si mesmas!

O mundo aí está e ele é de todos, todos!

Nada da terra pertence a quem quer que seja.

Tudo é empréstimo. Um dia prestar-se-á contas.

Por que então alimentar a miséria

Se a miséria está em suas próprias consciências?

São todos humanos, independentes de razão social,

Independentes de classe, cor, sexo, religião... idade!

Deixam-se abater pelas migalhas da vida.

Choram por um simples arranhão.

Gritam por se acharem esquecidas.

A pobreza é um estado de espírito.

A riqueza é de quem se reflete e não se entrega.

Abastados são os que trabalham.

Pobres são os que deserdam de si as oportunidades

E se permitem cair no lamaçal do nada.

É a vida que é assim. De uns. De outros. De todos!

Então se apegue às chances e não derrame

Lágrimas de crocodilo nem do sangue azul que não existe!

A existência segue.

O amanhã pode ser seu.

Depende exclusivamente de cada um.

De cada todos.

Somos o universo!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 05/06/2016
Código do texto: T5658312
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.