sOMBRIO

Madrugada fria nuvens escuras em um bailado no céu

Seguem o instinto natural do mar sem luar

perdido na escuridão

Revoltoso espera a lua tímida lançar espiadelas

espelhando o seu vai e vem frenético de duas águas encrespadas

voraz tragando a areia

umbroso com o lambear lento mádido extasiado

Refletindo o tom lúgubre e gélido da lua

Tal e qual o corpo voluptuoso

desnudo a cintilar

sobre o leito

Enregelado de sentimentos e pelo tempo

que por passatempo insiste em parar o tempo do próprio corpo inerte de emoção

sendo invadido na escuridão da dor

a perder se de si possuída involuntariamente

pela paixão insana perversa na sombra do outro

Encoberta no palco da lucidez da insanidade

para fomentar o desejo da insistente obsessão

satisfazem o instinto de posse

tento a falsa ilusão de estar tocando

a intimidade da alma

que ao longe camuflada na sombra do corpo

Clama a lua para vestir a noite de luz

e sob o luar possa desnudar sedenta

em uma explosão de amor e vida.

Luz eu_Br
Enviado por Luz eu_Br em 05/06/2016
Reeditado em 19/06/2016
Código do texto: T5658258
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