O Tempo e o Léu

O Tempo e o Léu

Vindouras camadas onde se faz percorrer

Ventos e idos sem enleio

Solstícios malditos em todo meio

O porque dos incríveis motivos do seu viver

Enquanto você se estaciona e fica

Meses passeiam sob seus pés e espáduas

O corpo se perde no não ter de asas

E sem adejar se prostra e finca

Tempo, maldito ponteiro do existir

Onde está por fim seus equinócios a me consolar?

E as arvores gorjeando a primavera no jubilar?

Vejo apenas o dolente entoando ao mentir

Infelizmente és um pai sábio no avisar

Passas lépido causando o guardar de alguns

Provocando Gaia um ensejo de nos tomar

Oh! Longínquo e olvido vento do léu

Onde estás? Nem se aproximes!

Quando vier em temeranças ao meu mausoléu...