ABSTRASTO
Sou a sombra daquilo que nunca fiz
Por isso as vezes tento me esconder do medo
Tenho pressa em não ficar parado
E assim descubro que a pressa me para
Então as vezes tento sonhar
Ouvir e calar
Deixar que falem,e nunca falar
Tornar-me abismo
Sem eco
Sem fundo
Ficar sem corpo
Audição, visão, paladar e tato
A espera do fim
Pra solidão ficar comigo
E eu ficar sem mim.