Madeira Viva!
É certo que meu violão sem cordas é uma nobre testemunha que me consola!
Ele me olha e eu rascunhando versos que vem dá cachola!
Ele me joga com os meus escritos na lata do lixo e depois na caçamba cheia de entulhos!
Eu carregado de tristeza junto com os meus embrulhos!
Eu e as minhas noites perdidas!
Eu e os meus sonhos e prantos deixados no meio da rua!
É!
Meu violão ficou alegre!
Ele é um ser sem alma e sem coração!
É um pedaço de madeira morta tentando encontrar algo ou alguém!
Mas fui eu quem deixei ele de lado!
Eu sei que sempre fui e contínuo sendo amplidão e razão!
Aiaiaiaiai meu querido e estremecido violão!
Como posso ter deixado você longe do meu peito!
Mas não faço mais isso não meu aliado partidário e amigo verdadeiro!
Hoje é domingo e vai ser o nosso passeio no Devaneio Night Clube!
Eu juro!
Quero você no meu colo colado dentro e fora do meu peito meu sujeito de jeito!
Minha herança Negra e indígena de trejeitos!
Somos nativos e mestiços no desejo de um pleito que nos traga um leito macio no conforto e no aconchego!.