Pra você...

Pra você...

Quero fazer

um poema cheio

de graça, cheio de amor.

Colocar nele

toda beleza da vida

e as gotas cristalinas

do orvalho.

Que banham as pétalas

de uma flor.

Ver nele nascer

o sorriso inocente

do menino travesso

e te oferecer.

Quero fazer pra você

um poema...

Doido, louco suí-generis.

Talvez diferente desses,

que os poetas

fazem por aí.

Quero fazer um poema

impertinente.

Que nele eu envolva

só você.

Perturbada, desvairada,

brigando, xingando.

Nos fins de noites,

nos bares da vida.

Nos fins das madrugadas.

Quero fazer um poema

e colocar dentro dele

a tua alma.

E minha alma entrelaçada

a tua. Ambas soltas,

desprendidas caminhando

pelas ruas.

Quero fazer um poema

nosso bem nosso.

Que mate de inveja

os outros...

Poema publicado no livro.

"Antologia da Poesia Nilópolitana" 1997.