ASAS...

Se eu pudesse definir em uma palavra a poesia

Ah! Essa palavra seria... Asas... Apenas!

Não porque são grandes ou pequenas

Mas, simplesmente pela liberdade que dariam...

Não importando o tamanho de suas penas

Nem se pretas, brancas ou coloridas

Num beija-flor ou num condor, definem vidas

Livres e sem peias, planando pelos céus serenas...

Na definição teria uma outra coisa ainda...

Na envergadura, asas diferem cada ser

Mas, ao se recolher seriam ainda todas lindas

Entre as suas penas pudessem ternamente aquecer...

Portanto, nunca as aparem nem as engaiolem

Pois, elas precisam ser o que elas são

Pra jamais ficarem frias e se estiolem

Na medida exata da razão, e voem do coração...

Enfim, asas podem cruzar oceanos sozinhas

Mas, se juntas a outras, voariam pelo mundo

Pousando em cumes ou vales mais profundos

Semeando uma flor ou sagradas vinhas...

Sim! Essa seria minha definição à poesia...

Mas, existem outras mais precisas e belas com certeza

E eu sei pelo vento voarão em um claro dia

Reunindo-se num poema em versos de perene beleza...

Autor: André Luiz Pinheiro

04/06/2016