SINA DE PEÃO
Segunda, uma manhã esplendorosa;
morrinha com ressaca dolorosa;
é rotina, alguma coisa enjoenta,
mansinha, a nos perturbar – tormenta!
São chefetes de merda a importunar
aqueles que trabalham sem parar.
Mandões que só pensam em aparecer,
fazendo trabalho “para inglês ver”.
Vem a briga insatisfação e necessidade,
vil lance de supervisão e subordinado
– eclosão de um grito de ódio reprimido!
Do subordinado ávido por bondade,
conflito entre patrão e disciplinado,
reposto num gemido – ópio de ser aflito!
Salvador, 2002.