ROTINA MALDITA

Escura manhã a esperar o Sol levantar,

na zoada programada contra ouvidos...

ouvidos doentes, tristes por não falar,

que chamam os olhos mudos e metidos.

Rotina maldita, livro censurado,

escrito no viver do proletariado;

trechos de humanismo dilacerado,

fartos em sonhos vis do ser acabado.

Cotidiano ruim, lixo de tantos povos,

agressão materializada de novos...

novatos loucos, pelos donos do mundo.

Frustração bandida, a perda do Criador,

a morte de todo ente trabalhador,

repressão dura de poucos, no fundo.

Salvador, 2002.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 02/06/2016
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