O SILÊNCIO É A LEI
O cadáver jogado
à margem do canal,
o policial anota
num pequeno bloco.
O sangue da vítima flui
para o esgoto.
Aquém da fita
o povo se aglomera;
os homens ensacam o corpo
inerme.
Ninguém se atreve a uma informação.
O silêncio aqui é uma lei imperiosa.