No silêncio do tempo
O tempo segue no silêncio
Com uma aparência cansada
Na alma que se banha
Atrás da seiva na lágrima
Na suave brisa da razão
Onde desliza a angustia recuada
Pelo silêncio debruçado
No caminho da luz em fuga
Passam por coisas obscuras
Numa prece calcificada em flor
A vida segue num tempo ilusório
Com o rosto em oração
Na fé dos lábios sem gosto
Que se fecham para a vida
Partindo pela noite fria
E relaxa na esperança da sombra
Deixa a lembrança no desencanto
Na palidez incolor da sua voz
Que encobre a trama completa
E destrói a teia que corrói o tempo
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