Confissão silenciosa
Olhar fecundo no ar
Um anjo para proteger um naufrágio
Nuvens ameaçam a travessia
A doçura entre sofrimentos
Barco à deriva no temporal
Navegando sem ver o horizonte
É como a inocência de uma criança
Chorar com o medo
Feitiço de mulher
Um credo rezado
Um anjo voyer
Chamando um amigo do peito
Faz o sinal da cruz
O peso do feito
No final do horizonte há luz
Um olhar de certeza angelical
Fez o temporal passar
Singelo como o beijo
Olhando com lágrimas sem falar
Uma graça alcançada
Um milagre do anjo que desceu
O dia se finda
Um abraço deixado
Sem voz nem palavras
O vento trás o frio da água, junto o medo
Na noite navegando quero apenas novo sonho