Ainda há?

Sozinha, quebrada e sem entender

Onde talvez não exista esperança

Usada apenas, sem nada receber

Sentindo se quase como uma criança

Enterrada em um mundo desconhecido

Não sei para onde fugir, ou onde me segurar

Sem esperança de ter um fim merecido

Internamente tentando não desabar

Vivendo em uma máscara, sem os olhos abrir

E agora que resolvi olhar ao meu redor, me surpreendi

Levei um tapa da vida, e não consegui mais seguir

Não sou brinquedo nem algo que se deva apenas usufruir

Ainda que pareça boba, sei que tenho algum valor

Onde estou agora, pode ser passageiro, mas insiste em me ferir

Meu corpo pede para eu levantar, não aguento mais tanta dor

Entre duas de mim dividida, fico ali pensando no que faço

Duas de mim que querem ir para lados opostos

Entre seguir e esperar morrer, me deixo vencer pelo cansaço

Inteiramente entregue à dor, de todos aqueles desgostos

Xingando a vida, decidi deitar e esperar

Entretanto a outra eu, gritou clamando por outra chance

Sem me dar trégua, sem desistir e esmorecer

Ouvi sua voz clamando pelo que achei não estar ao meu alcance

Zunidos me incomodaram enquanto esperava apenas minha morte

Internamente ela gritava, me pedindo para não ficar parada

Não queria, nem tinha forças para seguir, aceitei minha sorte

Houve, porém, algo que esperei e fui reerguida

Ainda existia esperança, a eu que nisso acreditou venceu, em pé, caminhei para longe do fim.

In my room - Thousand Foot Krutch

Olinda
Enviado por Olinda em 31/05/2016
Código do texto: T5653098
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