Ainda há?
Sozinha, quebrada e sem entender
Onde talvez não exista esperança
Usada apenas, sem nada receber
Sentindo se quase como uma criança
Enterrada em um mundo desconhecido
Não sei para onde fugir, ou onde me segurar
Sem esperança de ter um fim merecido
Internamente tentando não desabar
Vivendo em uma máscara, sem os olhos abrir
E agora que resolvi olhar ao meu redor, me surpreendi
Levei um tapa da vida, e não consegui mais seguir
Não sou brinquedo nem algo que se deva apenas usufruir
Ainda que pareça boba, sei que tenho algum valor
Onde estou agora, pode ser passageiro, mas insiste em me ferir
Meu corpo pede para eu levantar, não aguento mais tanta dor
Entre duas de mim dividida, fico ali pensando no que faço
Duas de mim que querem ir para lados opostos
Entre seguir e esperar morrer, me deixo vencer pelo cansaço
Inteiramente entregue à dor, de todos aqueles desgostos
Xingando a vida, decidi deitar e esperar
Entretanto a outra eu, gritou clamando por outra chance
Sem me dar trégua, sem desistir e esmorecer
Ouvi sua voz clamando pelo que achei não estar ao meu alcance
Zunidos me incomodaram enquanto esperava apenas minha morte
Internamente ela gritava, me pedindo para não ficar parada
Não queria, nem tinha forças para seguir, aceitei minha sorte
Houve, porém, algo que esperei e fui reerguida
Ainda existia esperança, a eu que nisso acreditou venceu, em pé, caminhei para longe do fim.
In my room - Thousand Foot Krutch