A REBELIÃO

Amontoados às sortes, explorados até a morte,

nem medo nem ódio irão fazê-los parar

de algozes a vítimas, uns aos outros assassinar.

Eles estão enlouquecendo

Sob a legalidade, multifaces da escravidão

Creem na paz e pra que os pobres servem

A "naturalidade humana desde sua criação

Engana-se rapaz, há algo estranho acontecendo

Quebraram o cadeado os insanos e malditos

Destroem as vidraças, queimam viaturas

E estão a tua procura pra te dar o veredicto

É rebelião, que a essa altura, ninguém mais segura

O que está acontecendo?

Irá sacrificá-los como antes.

Você sabe que não há chances

Mutilar-te-ão a carne e acabarão com você

E até o teu sangue amargo eles hão de beber

O julgo da tua vendeta, já estatiam tecendo

Iniciaram a rebelião e dos corpos que amontoaram

uma grande fogueira farão e arderás bem no centro

como pivô do evento de tudo que conquistaram

teu crânio exibirão depois de te ver morrendo

Palavras de ordem e vingança, liberdade, esperança

livres e orgulhosos comemoram a matança

exibem o que restou de você como troféu de vitória

e reeditando a história que ali estava nascendo.

Paulo Cezar Pereira
Enviado por Paulo Cezar Pereira em 31/05/2016
Reeditado em 21/10/2018
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