Lanço poemas
Em tudo o que faço e refaço.
Meus pedaços em troca de laços
Dar o que em mim ainda há
Tanto sofro como choro
Tanto rio como sorrio!
De que me afasto se me basto
Chega! Agora basta!
Odes delirantes de alfobres
Berçários de versos, reversos
Saudades…
Amores, paixões, desejos profanos,
Sonhos e dores…
E arde em silêncio a candeia
Que me ilumina e incendeia
Chama que dança –lua cheia,
- triste e amargurado poeta
Por onde arrastas teus versos
Peregrinos, lançados pela janela
Ao colo de uma donzela,
Sofre em si abstinência do corpo
Lágrimas que lhe correm no leito
Pelos tremores do desejo,
- Tudo por nada, apenas por um beijo!
Ai poema, poema,
Onde me levas, debruado na noites
Em cama de estrelas, sonho vê-las,
Palavras soltas, diretas, concretas,
Rimando apenas na beleza do seu busto,
Nos versos procuro e rebusco, o sim,
O não, o amor, a paixão, ou apenas a visão
De te ver passar mais uma vez,
Lançando-te poemas para o colo!