* Absortos diálogos silenciosos *

"...Tropeço em palavras.

Em linhas escritas,

No meio-fio,

Sento-me para descansar.

Falo dos amores,

Da vida,

Do mar....

Falo além de mim,

Falo além do permitido sonhar.

Revejo fatos, histórias, beijos perdidos no amor de infância.

Nada se perde, tudo se escreve...

E eu escrevo!

Exorcizo demônios, inspiro e respiro cada sílaba profetizada.

Valha-me Deus em tudo que dito.

Ó Céus!....Porque eu?

Linhas rabiscadas em tinta nanquim.

O papel amarelado, amarelou um sorriso.

Outrora revigorado,

Hoje esquecido.

Nas letras desenhadas,

Desenho poemas.

Leia-os quem quiser!

Entende-se o subententido ser.

Onde o amor imperar,

Lá estarei!!

Absortos diálogos silenciosos,

Absorvido o alimento de minh'alma.

Não sinto fome!

A poesia me consome!

Eu!

De tantos anseios, externo meu reverso.

Poucos entendem,

Mas na explicação...

Nunca fui feita para muitos.

Raros os que me tem.

Sou de todos...

Não sou de ninguém!

E na brandura que me resta,

Deixo que a neblina suave molhe minha testa.

Nos versos de um trovador...

Rimei em pensamento juras e provas de amor.

Saboreei cada rima tua ditada.

Em seu violão, fez-se a prova cantada.

Me perdi em tua poesia,

Me achei na palavra formada.

Me chamou de pequena menina.

Fez de minha alma, poesia rimada.

E no lampejo dos olhos em festa...

Eis a palavra anunciada...

Nada mais faço...

Apenas meu jeito,

Sigo....

E tropeço em palavras..."

Agridoce P
Enviado por Agridoce P em 30/05/2016
Reeditado em 30/05/2016
Código do texto: T5651967
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