Das dores que escrevo

queria eu poder não sentir dor

tento sempre esconder

tento ser forte

fico a sós comigo

pra desmoronar

me perco

entre o luto

e a fé

e de tanta transparência

acabo a me isolar

mudo os móveis de lugar

pra entender

que tudo muda

me livro do que tenho

e espero

que este sentimento

também se vá

como eu gostaria

de não sentir as dores que eu escrevo

e nesta melancolia

ate as aranhas que tecem

em meu quarto

entristeceram

meu corpo cede

e os vícios

me perseguem

dispersa

desfocada

minha sensibilidade

só mostra os meus defeitos

e minha fuga

me desmascara

Suave
Enviado por Suave em 30/05/2016
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