DIALÉTICA DO POETA

DIALÉTICA DO POETA

Por Heronildo Vicente

Domingo, não é um dia qualquer

Com esta chuva, este frio,

Dei-te os meus olhos

Para que se tome conta.

Meus braços para usar

Minhas pernas para entrelaçar

Minhas horas beneficiar

Meus sonhos para sonhar!

Meu pavio, para sua lamparina

A luz para iluminar seu quarto

Meus lábios para beijar

E tudo, tudo, antes a semente!

Semente que plantaste

Em meio a terra fértil

A qual cultivou

E assim germinou.

Cresceu, logo veio galhos,

Flores e frutos

E como em sonho de valsa

Um brilho do céus caiu.

Que assim seja, a todo o sempre

Evites contar, os segredos

Os números até trinta,

Não comece, nem termine, apenas viva.

Heronildo Vicente
Enviado por Heronildo Vicente em 29/05/2016
Código do texto: T5650801
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.