PROGRESSO

Hoje, como ontem, nada está perdido,

Dentre a lavoura das palavras há pincel

E, com ele, pinto cada cantinho do céu

E do silêncio das trevas pinto o alarido.

No perfil das sombras dor é como amor,

Há um holocausto que bronzeia a derme,

Há uma enxurrada que nocauteia vermes

E o mundo se fragmenta para se recompor.

Desabrocha-se a vida lenta em cada etapa

E os embriões malditos é isso que se capa

Para que refloresça o arco-íris da concórdia!

Hoje, como amanhã, tudo é ortodoxo, plaina

Sobre uma plataforma de sabedoria e é faina

Do progresso que geme e clama misericórdia!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 28/05/2016
Código do texto: T5649243
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