PROGRESSO
Hoje, como ontem, nada está perdido,
Dentre a lavoura das palavras há pincel
E, com ele, pinto cada cantinho do céu
E do silêncio das trevas pinto o alarido.
No perfil das sombras dor é como amor,
Há um holocausto que bronzeia a derme,
Há uma enxurrada que nocauteia vermes
E o mundo se fragmenta para se recompor.
Desabrocha-se a vida lenta em cada etapa
E os embriões malditos é isso que se capa
Para que refloresça o arco-íris da concórdia!
Hoje, como amanhã, tudo é ortodoxo, plaina
Sobre uma plataforma de sabedoria e é faina
Do progresso que geme e clama misericórdia!
DE Ivan de Oliveira Melo