Eterna chama

Havia um campo quieto e um dia um homem viu

Sem se dar conta acendeu então uma fogueira

Fogueira que já estava lá, mas sem brasas acesas...

Ele, mesmo sem perceber, reavivou o fogo...

Ele não podia ficar no campo onde o fogo ardia

Muito precisava fazer e conhecer em seu mundo

Não viu que diante daquela fogueira se fez música

E uma dança de véus começou a ser bailada

Outras pessoas viram aquela luz

Aproximaram-se daquele fogo

Outras pessoas assistiram aquela dança...

Sentiram o perfume que exalou

Outras pessoas se encantaram diante de tal cena...

Outros homens tentaram fazer parte daquilo

Um ritual que se prolonga...

Mas o fogo, a dança, o perfume e toda aquela magia são apenas do homem...

Do homem que acendeu aquelas fagulhas, mas que não permaneceu lá...

Porque nem mesmo ele percebeu que tudo foi por sua causa

Demorou a perceber o fogo, a entender o fogo...

O fogo e sua dança que exala perfume estão eternizados para ele

O homem responsável pela fogueira, aos poucos vem e percebe o que fez

Mas não sabe exatamente como se aproximar daquela festa

Porém quando o seu exato momento chegar e que está chegando

Ele será aquecido, festejado por aquela dança e inebriado por aquele aroma...