Derrubando a porta com os dois pés.
Saudade deixa nossa alma cabisbaixa,
faz o bem estar tomar chá de sumiço.
Saudade é coisa que Deus não inventou
e que castiga nosso ar se esbaldando de rir,
deixando tudo rançoso, tudo coalhado.
Saudade não brinca em serviço,
entra com os dois pés derrubando a porta,
faz um estardalhaço danado no nosso coração.
Saudade não tem fio da meada,
suas garras afiadas rasgam nossa pele sem dó
seu cheiro deixa tudo cariado, tudo esquisito,
até a vontade de viver ameaça ir para o ralo.
Saudade é coisa de quem não é feito só de carne e osso,
saudade é coisa de quem não esqueceu como se chora,
saudade é coisa de quem tem que caminhar já tendo perdido
suas duas pernas.
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