Ontem Vi Uma Placa.

Andava sem rumo,

Quando meu olhar mirou uma placa,

Dizia:

''Vende-se amor.''

Mas amor não se vende,

Amor a gente só sente,

É algo impossível de se colocar valor.

Voltei aquele mesmo lugar,

E fui até o endereço da placa,

Saber sobre esse tal negócio.

Ao entrar,

Alguém de costas,

Mesmo sem me ver,

Disse-me:

_Aqui tens o que precisa.

Mas eu não precisava de nada,

Tinha tudo que precisava,

E mesmo que me faltasse amor,

Com certeza não seria lá que encontraria.

A pessoa virou-se e veio a mim,

''Precisas de amor, venha cá.''

E sem ter tempo de nada falar,

Em seus braços me envolveu... me abraçou.

Fechei meus olhos,

Senti uma paz, um calor...

Sentia que aquilo era uma forma de amor,

E continuei por mais uns momentos sem nada falar.

Ao término daquele caloroso abraço,

Sem muita ação movimentei o braço,

Rumo ao meu bolso com um sorriso estampado no rosto.

Quanto é eu falei?

Precisava muito desse tipo de amor,

Nem lembrava como era bom esse calor,

E a pessoa simplesmente falou sorrindo:

_''O senhor já pagou.''

Mas como assim paguei?

Nem ao menos um centavo eu dei,

Sorrindo então me falou:

_Amor não se paga com dinheiro,

E sim com felicidade, e seu riso foi meu pagamento.

(Agora entendi aquela placa).

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 26/05/2016
Reeditado em 15/05/2017
Código do texto: T5648095
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