Poesia e o poeta
Lento, o tempo passa no cerrado
Passa numa lentidão acelerada
Arremessando a alma numa cilada
Onde evoca o estro do passado
No alvo papel não tem nada
O lampejo enrugado maltrata
E o tempo na poesia, pirata
Ensaiando asas para revoada
E na lira inocente e árida rima
Vacila a desmedida emoção
Querendo virgem inspiração
Onde o verso treta e aproxima...
A poesia do poeta
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
maio de 2016 – Cerrado goiano