QUEIXUMES!
QUEIXUMES!
em um sonho enluarado,
a galope e deslumbrado,
sigo em meu cavalo alado,
por celestiais campinas!
entre anseios rotos, gastos,
deixo nas nuvens meus rastros,
luas, cometas e astros,
se esbarram nas esquinas!
e eu penso cá comigo,
eu e meu próprio umbigo,
que o sentimento é ambíguo,
feito faca de dois gumes!
entre o côncavo e o convexo,
minha imagem no reflexo,
procura uma causa, um nexo,
para os meus muitos queixumes!