Olhar esgazeado
Quando me fitas com esse teu olhar esgazeado,
A divagar em busca do meu, após o orgasmo,
A retornar ao mundo dos meros mortais que somos,
Deixados para trás por momentos de espasmos,
Em que te digladiaste nos braços de teu amado.
Nestes breves instantes vividos de gozo extremo,
Em que nos sentimos integrar ao próprio universo,
Desintegrando-nos dos tantos sentidos, do que fomos,
Resumidos agora somente à duração de um verso,
Sussurrado em teus ouvidos em enlevo supremo.
Sinto teus poros se eriçarem, teu corpo vibrante,
Ao deslizar de beijos, mãos e dedos por tuas costas,
Por teus seios túrgidos, por teu ventre, por tua nuca,
A descobrir cada um de teus segredos, como gostas,
Nestes momentos em que és minha fêmea e amante.
Para coroar este nosso instante de suprema apoteose,
Ao nos lançarmos de novo em busca de nosso infinito,
Miro teus olhos, neles mergulho, longe te ouço, maluca,
A clamar para nos perdermos em teu incontido grito,
Ao ingressarmos, juntos, nesta sublime narcose.
Quando me fitas com esse teu olhar esgazeado,
A divagar em busca do meu, após o orgasmo,
A retornar ao mundo dos meros mortais que somos,
Deixados para trás por momentos de espasmos,
Em que te digladiaste nos braços de teu amado.
Nestes breves instantes vividos de gozo extremo,
Em que nos sentimos integrar ao próprio universo,
Desintegrando-nos dos tantos sentidos, do que fomos,
Resumidos agora somente à duração de um verso,
Sussurrado em teus ouvidos em enlevo supremo.
Sinto teus poros se eriçarem, teu corpo vibrante,
Ao deslizar de beijos, mãos e dedos por tuas costas,
Por teus seios túrgidos, por teu ventre, por tua nuca,
A descobrir cada um de teus segredos, como gostas,
Nestes momentos em que és minha fêmea e amante.
Para coroar este nosso instante de suprema apoteose,
Ao nos lançarmos de novo em busca de nosso infinito,
Miro teus olhos, neles mergulho, longe te ouço, maluca,
A clamar para nos perdermos em teu incontido grito,
Ao ingressarmos, juntos, nesta sublime narcose.