AO CONTRÁRIO DA MARÉ
O pesadelo de todo certo viver carrega
desconjurado, maltratado e muito solto,
o faltar do pensar certeiro e escorrega
em desavenças e em conflitos – se envolto!
Revoltos seguidores de todo social padrão...
padrão que fede em sua feia burocracia,
por assemelhar-se à fétida podridão
de desejos boiando no mar em calmaria.
Desta quebra de tantas nojentas barreiras,
em queda violenta, fortíssima e reluzente,
vem o impedir da subida pra toda carreira.
Quando do ocultar da podre contracultura
fica-se solitário, não se deixa de ser gente,
capam-se braços e pernas nesta conjuntura.
Salvador, 15/03/2009.