AO CONTRÁRIO DA MARÉ

O pesadelo de todo certo viver carrega

desconjurado, maltratado e muito solto,

o faltar do pensar certeiro e escorrega

em desavenças e em conflitos – se envolto!

Revoltos seguidores de todo social padrão...

padrão que fede em sua feia burocracia,

por assemelhar-se à fétida podridão

de desejos boiando no mar em calmaria.

Desta quebra de tantas nojentas barreiras,

em queda violenta, fortíssima e reluzente,

vem o impedir da subida pra toda carreira.

Quando do ocultar da podre contracultura

fica-se solitário, não se deixa de ser gente,

capam-se braços e pernas nesta conjuntura.

Salvador, 15/03/2009.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 24/05/2016
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