Sentimentos mortos
Sentimentos mortos
Algo que me domina,
me traz a quietude
e me desconcerta,
faz de mim o vazio;
me anula e sombrio
me veste de solidão...
Deixem que dormitem
e se acumulem
as palavras em meu silêncio-dilema...
Preciso do nobre,
de motivos novos, fortes,
de alma aberta,
de provocações...
para que me venha a estação poeta...
E enquanto, em mim, cessa
toda inspiração
pobre, sou oco universo...
e, sendo pouco, farto de problemas
sou versos tortos fora do papel...
Sem chão, sem céu
e em mundo adverso
sem valia à pena, incompleto
verso insepultos sentimentos mortos,
expostos
num imperfeito poema...