Gazal do Amor Impossível
Nas doces notas do alaude, minha paixão vou te entregar.
Oh! Minha adorada, meu peito sufoca sob teu olhar.
Danças, sonhadora, os véus escondem teu corpo amado;
Corpo que só através da música, meus dedos podem acariciar.
E eles aceleram febris, nas cordas macias, elevando o ritmo.
Oh! Minha amada, quero teu sangue abrasar!
Quero sentir a maciez de teus quadriz,
No contorno do alaúde que em meu colo está a vibrar.
Fazer o som deslizar por tuas pernas, por entre teus seios,
E em teus ouvidos meus desejos sussurrar.
Danças, arrebatada, arrancando aplausos.
Corres de mãos ávidas, sem jamais se deixar tocar.
Minha imaginação nos leva enlaçados ao infinito,
Enquanto a música volta a suavidade que vejo em teu olhar.
Oh! Minha paixão, o que será desse amor,
Que meu peito sufoca, minha arte entrega e a vida me obriga a abdicar?
O Gazal iniciou-se na poesia lírica da Pérsia, no final do século VII, com cunho erótico, como se o poeta estivesse "conversando com as mulheres".
É ainda utilizado na Índia e no Paquistão, sendo comum o tema do sacrifício da vida pelo amor.
Fonte: Kathleen Lessa - Mardilê Friedrich - Bernardo Luiz Brandão
Nas doces notas do alaude, minha paixão vou te entregar.
Oh! Minha adorada, meu peito sufoca sob teu olhar.
Danças, sonhadora, os véus escondem teu corpo amado;
Corpo que só através da música, meus dedos podem acariciar.
E eles aceleram febris, nas cordas macias, elevando o ritmo.
Oh! Minha amada, quero teu sangue abrasar!
Quero sentir a maciez de teus quadriz,
No contorno do alaúde que em meu colo está a vibrar.
Fazer o som deslizar por tuas pernas, por entre teus seios,
E em teus ouvidos meus desejos sussurrar.
Danças, arrebatada, arrancando aplausos.
Corres de mãos ávidas, sem jamais se deixar tocar.
Minha imaginação nos leva enlaçados ao infinito,
Enquanto a música volta a suavidade que vejo em teu olhar.
Oh! Minha paixão, o que será desse amor,
Que meu peito sufoca, minha arte entrega e a vida me obriga a abdicar?
O Gazal iniciou-se na poesia lírica da Pérsia, no final do século VII, com cunho erótico, como se o poeta estivesse "conversando com as mulheres".
É ainda utilizado na Índia e no Paquistão, sendo comum o tema do sacrifício da vida pelo amor.
Fonte: Kathleen Lessa - Mardilê Friedrich - Bernardo Luiz Brandão