Sobre os olhares
Vida que sinto
Além do que passo
Num encontro marcado
Do antro que vacila
Na lógica nem percebe
O tempo
E suja de felicidade
A vida que sonha
Num espaço quase ausente
Que anula e esquece
A voz que fala viva
Na vertigem humana
Que entrelaça o amanhã
Definindo o caminho
Que o sonho percorre
Sobre os olhares
Que devassam
A minha alma frágil
Repouso no seu colo
A minha ânsia
Coberta com as lembranças
Em mantos
Como o silêncio
Ao lado da porta entreaberta
Onde a vida é plena
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