NÒS, ELES E OS OUTROS
Queria parar o tempo e os seus atropelos
Interferir nos rumos, destinos e afins
Mas, como são deles os aplausos e os sins
Eu encho os olhos de rimas e apelos
Durante o exercício do grito da força
Ineptos matam, votam e dirigem
E são imunes à crimes, sonhos e vertigens
Aos olhos injustos de uma justiça fosca
E se confundem nós, eles e os outros
A força, o grito, o respeito e o medo
A união é a chave para esse segredo
Entre os sábios, inválidos, médicos e loucos
Sabem eles, que os outros não somos nós
Porque eles são aves e os outros são porcos
Nós somos os sonhos, de artes e desportos
Os outros serão sempre, o rei, eles e o algoz
Queria avisar que quando chegar a nossa vez
No exercício humano da força do grito
Me será respeitado o amor que acredito
E nós seremos, o pacificador, o líder e a lei.