O FIM DA NOSSA MALDIÇÃO
Alguns de nós nascemos com uma maldição.
De repetir as chicotadas, os tempos adversos,
as cicatrizes de outrora.
Esta repetição poderá pousar justamente
nos solos mais queridos que tivermos.
Alguns de nós entendemos este presságio,
outros não.
Os que entendem tentam dissipar as marcas
impregnadas na alma, muitas vezes por toda vida.
Por vezes conseguem algum sucesso,
por vezes, não.
Já os outros, porém, não terão a mesma vez.
Ficarão vida adentro se debatendo nas próprias
lembranças, muitas delas reclusas nos seus confins
mais confins.
Vão brigar consigo mesmos até não poderem mais.
Vão sofrer pelos frutos desta maldição até sempre.
Até que um dia, o tempo vai chamá-los para conversar.
Então verão que podem esmigalhar aquele vão encardido
da sua história.
Verão que podem ser livres daquilo tudo, tudo mesmo.
Assim poderão, por fim, seguir seus passos em paz.
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