A PEQUENEZ HUMANA
Nas ondas de toda boa música sentimental,
na rapidez do vil pensamento imponderal,
na curteza de qualquer sã vida existencial,
no balanço sem graça do bêbado irracional.
A triste dor da lembrança no velho caderno,
a sadia saudade do conhecido e inatingível,
a vulnerabilidade do fraco homem moderno,
a certa incapacidade da sabedoria inteligível.
No Senhor dos homens está o grande saber,
a resposta ao que na mente não pode caber,
a dura revelação à nossa humana estreiteza.
Por jamais podermos entender nosso limite
tão pequeno, tão minúsculo, só Ele admite
e não estranha nossa insignificante curteza.
Salvador, 15/03/2009.